Termografia. Você sabe o que é?
Ao ouvir o nome, pode até ser que sua resposta inicial seja um belo “não”. Mas eu aposto que você já viu, mais de uma vez na vida, imagens como essa:
E se eu estiver certo, então você já teve contato com a termografia antes!
De qualquer modo, permita-me explicar um pouco mais sobre esse método:
A termografia é um método de diagnóstico baseado na captação do calor emitido pelo corpo humano. Ele é realizado no próprio consultório médico por uma câmera fotográfica especial.
Essa câmera capta o calor das diferentes partes do corpo e transforma essas informações em mapa colorido, que quando analisado por profissionais, permite que eles avaliem uma série de doenças.
Entendendo o exame:
É claro que para identificarmos as alterações, precisamos saber como o mapa de calor de um corpo humano saudável é. Para isso, partimos de um ponto básico de análise:
O corpo humano é simétrico do ponto de vista térmico.
A temperatura do ombro direito é igual à do ombro esquerdo, a temperatura da coxa direita é igual à da coxa esquerda e assim por diante.
Com isso em mente, qualquer alteração entre as partes correspondentes do corpo nos chama atenção, sendo que aquelas acima de 0,3 °C merecem uma boa investigação, pois podem ser sinal de alguma doença.
Como disse anteriormente, o exame pode ser realizado no próprio consultório médico. Ele é indolor, não emite radiação e dispensa qualquer injeção de contraste.
A realização do exame:
Para realizá-lo, alguns passos devem ser seguidos:
- O paciente deve permanecer em uma sala na temperatura de 20 graus por cerca de 15 minutos. Esse passo se chama climatização do paciente.
- Logo em seguida, ele é encaminhado para uma sala em que se inicia o exame, que leva cerca de 10 minutos para ser concluído.
- As imagens são transferidas para um computador e o médico termologista realiza a análise e o laudo.
Esses resultados permitem a nós, médicos, a avaliação de uma série de condições, sejam essas respostas fisiológicas, testes com medicamentos anti inflamatórios e vasoativos ou as patologias em si.
Listamos algumas das condições que podem ser avaliadas com a termografia clínica. Confira:
- Dor lombar
- Dor cervical
- Radiculopatias, que são aqueles “pinçamento” de raízes nervosas decorrentes de hérnia discal
- Dor mio fascial, que afeta os músculos e fáscias
- Dores articulares
- Doenças nos tendões
- Bursites
- Fasciíte plantar
- Fibromialgia
- Lesões do esporte e do trabalho
- Avaliação de atletas com lesão (risco de re-lesão/ retorno às atividades)
- Neuropatias periféricas (polineuropatia diabética, por exemplo)
- Síndrome da dor regional complexa
- Avaliação e evolução do pé diabético
- Avaliação de distúrbios microvasculares (doença de pequenos vasos),
- Reperfusão de órgãos transplantados
- Avaliação de taxa metabólica
- Avaliação de risco cardiovascular
- Avaliação das mamas
A lista é grande e ainda pode ir muito longe! A termografia pode auxiliar o médico na avaliação de vários cenários, contribuindo, principalmente, em um diagnóstico mais preciso, além de auxiliar no campo terapêutico, encontrando o local mais adequado para se fazer um bloqueio anestésico teste ou algum outro procedimento, aumentando a precisão do tratamento.