Hábitos alimentares – Relação dos micronutrientes e a dor crônica

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É muito comum que nós, médicos, vejamos doenças degenerativas que resultam em patologias crônicas, sistêmicas e autoimunes. Essas doenças por si só afetam estruturas como as articulações, o esqueleto axial e órgãos como pele e vísceras. 

Doença da 3º idade?

Fica a dica: ao contrário do que muitos pensam por aí, elas não são exclusividade dos idosos. Podem acometer pessoas em qualquer idade e alguns fatores podem causá-las ou agravá-las, como  a genética, traumatismos, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas. 

A lista não é pequena, né? E o tratamento também não: ele engloba várias terapias diferentes que podem, inclusive, usar práticas complementares como dietoterapia e exercícios físicos para promover mais qualidade de vida ao paciente. 

Antes de irmos para a parte alimentar propriamente dita, vamos falar um pouco sobre o processo inflamatório? 

Explicando o Processo Inflamatório:

Ele acontece a partir da presença de citocinas que interagem com glóbulos brancos. Essa interação resulta na reação inflamatória sistêmica que pode se manifestar de diversas maneiras: edema, dores, rubor e aumento de temperatura nas articulações afetadas, o que causa a restrição dos movimentos. 

Doenças Degenerativas x Alimentação

O legal é que, embora alguns estudos mostrem que exista predisposição genética para doenças degenerativas, ela pode estar associada a fatores não genéticos, como a redução da concentração de vitamina D no corpo, que nesse caso é um fator ambiental.

E mais: esses mesmos estudos mostraram que essas doenças estão relacionadas à presença de elevado estresse oxidativo.

Ainda falando de estudos, um em específico, Al-Okbi (2012), mostrou que a inflamação sistêmica causa alterações no metabolismo energético e das proteínas, sendo que isso pode acontecer tendo você uma ingestão alimentar adequada ou não – independe disso.

Essa situação, na verdade, foi frequentemente observada quando há a presença de hipermetabolismo e hipercatabolismo, condições que estão associadas à baixa atividade física.

E é aqui que entra a nutrição:

Hoje em dia ela é considerada um agente importante como parte do tratamento da dor crônica. Ela apresenta um papel fundamental quando falamos em reduzir os sintomas e os riscos de complicações nos pacientes. 

Isso se torna ainda mais importante quando vemos que estudos apontam que pacientes com doenças degenerativas apresentam diferentes graus de má nutrição e má absorção dos nutrientes. 

As duas principais melhorias: 

Observamos dois pontos em comum nos pacientes: o primeiro é a melhora nos parâmetros bioquímicos e imunológicos e o segundo é a redução da atividade inflamatória. 

Essas duas melhorias são vistas em pacientes que seguiam dietas ricas em frutas, vegetais e leguminosas. Ou seja, essa melhora se dá pelas vitaminas e minerais presentes nesses alimentos. 

Bom, entendo isso, podemos seguir em frente:

Vamos falar agora das principais vitaminas que ajudam no tratamento das doenças degenerativas.

São elas: vitaminas D, E, A e as do complexo B. 

Além dessas, outros nutrientes ajudam na redução da inflamação e no alívio dos sintomas, são eles os ácidos graxos poli-insaturados e o Ômega 3.

Uma outra vitamina que ajuda no tratamento é a vitamina K (MK7),  que mostra melhora nos marcadores clínicos e bioquímicos. 

E por fim, um aminoácido chamado Taurina é bem importante quando o assunto é proteção, pois além de regular a resposta imunológica, ele diminui o estresse oxidativo, as citocinas inflamatórias e a apoptose, contribuindo para a melhora no quadro geral do paciente.

A gente sempre fala que somos o que comemos e no caso de pacientes de doenças degenerativas, isso é ainda mais verdade! 

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