Nos últimos anos, a Medicina Regenerativa ganhou muito destaque no mundo da ciência e das pesquisas e não é para menos, tendo em vista seus resultados bem interessantes.
E para entendermos ainda mais essa área médica, hoje vamos falar sobre os elementos básicos que dão vida – e sentido – para a Medicina Regenerativa. Vamos lá?
Vamos começar , como sempre, pelo começo.
E hoje esse começo é literal, já que essas estruturas são responsáveis pela regeneração dos nossos tecidos: as células! Você já deve ter ouvido falar delas nas aulas de ciência, certo? As células são o que formam nossos tecidos e dentro de cada uma delas, existem estruturas que funcionam como “pequenos órgãos” e são eles que sintetizam proteínas, produzem energia, produzem e empacotam substâncias lipídicas, fazem a digestão intracelular e muitas outras funções.
Nosso corpo possui uma infinidade de células e algumas delas chamam nossa atenção quando falamos de reparação: as células tronco, macrófagos e os fragmentos celulares conhecidos como plaquetas.
A comunicação das células
Essas células interagem entre si. “E como elas se comunicam?”, você me pergunta. Bom, de vários jeitos, mas o mais relevante nos estudos é a comunicação parácrina, quando células liberam proteínas no meio em que vivem e essa proteína altera as células que estão ali na vizinhança.
As moléculas que são liberadas se chamam citocinas e causam o movimento celular, ou seja: elas servem como sinalizadores para outras moléculas, como os fatores de crescimento, interleucinas (componentes do sistema imune) e outras.
Essas moléculas são recebidas por receptores nas células alvo, que precisam de proteínas específicas e, começam a produzir essas proteínas. Quando prontas, elas são excretadas na matriz celular, o lugar no qual as células vivem que tem várias características legais, como a adesão celular, a comunicação celular e a diferenciação. É essa matriz que garante a elasticidade de uns tecidos e a rigidez de outros.
De tecido lesionado à tecido em recuperação
Bom, por causa dessa comunicação celular e da mensagem passada pelas citocinas, um processo de alteração começa naquele microambiente lesionado. As citocinas pró-inflamatórias e o processo de destruição do ambiente diminuem e dão lugar a outros processos tais como: o de controle do microambiente para que ocorra a regeneração e a síntese de uma nova matriz celular.
A ideia principal é ampliar o processo de cicatrização endógeno, ou seja, do nosso próprio corpo, e fazê-lo de maneira ordenada, com uma sinalização adequada para que as células entendam e com isso, façam uma regeneração tecidual de qualidade!
Meios para um fim
E como resultado desse longo processo, temos a melhora da função local e alívio da dor nos pacientes tratados. Isso só acontece por conta do funcionamento de todos esses mecanismos envolvidos! Que trabalho em equipe, hein?
